Plataforma dedicada à recolha e sistematização de propostas para simplificar e desburocratizar o trabalho nas escolas
Plataforma dedicada à recolha e sistematização de propostas para simplificar e desburocratizar o trabalho nas escolas.
Criada pela Federação Nacional da Educação (FNE) em parceria com a Associação para a Formação e Investigação em Educação e Trabalho (AFIET), tem como objetivo ouvir Docentes, Diretores, Técnicos Especializados e outros profissionais ligados à Educação, construindo propostas sustentáveis e eficazes que valorizem o tempo de todos os profissionais e permitam concentrar esforços no essencial da missão educativa.
80% dos docentes afirmam estar sobrecarregados com burocracia
94% dos docentes referem que o trabalho burocrático não diminuiu
73% dos docentes não consideram úteis as tarefas administrativas realizadas
São referidas dezenas de plataformas para inserção de informação redundante
Simplificar relatórios, registos e formulários que consomem tempo e energia dos docentes.
Tornar a gestão interna mais eficiente, eliminando redundâncias e procedimentos desnecessários.
Concentração de plataformas que sirvam verdadeiramente o trabalho dos docentes.
Menos controlo excessivo, mais reconhecimento e liberdade para ensinar com qualidade.
Pedro Barreiros, Secretário-Geral da FNE
Dar a sua opinião, ou fazer sugestões. É simples!
Entrar na página www.simplicare.pt
Aceder ao formulário da plataforma no topo do site.
Preencher o formulário com as suas respostas e sugestões.
Finalizar e submeter as respostas.
Consulte as notícias e documentos produzidos noutros países sobre o impacto da burocracia na profissão docente e na organização das escolas.
A burocracia no sistema de ensino em Portugal sobrecarrega os professores com tarefas administrativas, retirando-lhes tempo para preparar aulas, apoiar os alunos e, também, para a sua vida pessoal. Relatórios, formulários e reuniões excessivas comprometem a tranquilidade e o equilíbrio. É urgente simplificar processos e valorizar o papel do professor na sala de aula.
A burocracia constitui a expressão da falta de confiança nos educadores e professores e conduz à diminuição das condições para o exercício de uma efetiva autonomia profissional, para além de contribuir para aumentar o stress e estimular a invasão do tempo de vida pessoal pelo tempo de trabalho. Torna-se, pois, necessário conhecer-lhe as formas de imposição e eliminar as suas fontes e formas de concretização. É este o objetivo deste exercício de consulta.
No início do século XX, segundo Max Weber, a burocracia tinha como objetivo a eficiência, a padronização e a previsibilidade, ou seja, a organização por excelência. Passaram mais de 100 anos e o mundo mudou! Nos dias de hoje, em que a desconfiança prolifera, o controlo ao formalismo obrigatório é imposto de uma forma exagerada, em que a autonomia é apregoada, mas pouco aplicada, predomina a lentidão, o desgaste dos recursos humanos e o desperdício de tempo.
O excesso de burocracia nas escolas sufoca a criatividade dos professores, aproximando a educação de uma formalidade administrativa, que deverá ser evitada a todo o custo.
O excesso de burocracia nas escolas portuguesas impacta a qualidade do ensino, quer pelo desvio do foco pedagógico provocado pelo excessivo tempo passado a preencher formulários em vez de preparar as atividades letivas, quer pelo sufoco que provoca à criatividade e à autonomia docente. Impacta, também, os profissionais da educação, pela sobrecarga de trabalho que acaba por conduzir a cansaço extremo e Burnout e pela desmotivação de ver o trabalho pedagógico e o apoio aos alunos secundarizado.
Desburocratizar é preciso. É necessário privilegiar o tempo pedagógico, reduzindo as tarefas administrativas ao mínimo essencial, permitindo assim que os docentes se concentrem na nobre tarefa de ensinar
A burocracia desumaniza-nos, a sua rigidez dá-nos muito trabalho, cansa-nos. No final percebemos que tudo não serve para quase nada.